Procurei tão longe
Busquei-te quase toda a minha vida
Pelas montanhas, por mares, por ruas
Não sabia por onde procurar... sem saída
Pelas geadas em madrugadas nuas
Procurei-te obstinadamente pelas luas,
Nos caminhos do pensamento e nas lonjuras
Nos caminhos do pensamento e nas lonjuras
Procurei-te nos bordéis da incongruência
E nos corpos obtusos da indecência
Em noites vagabundas de luar
E nos malmequeres que desfolhei e lancei no ar
E nos corpos obtusos da indecência
Em noites vagabundas de luar
E nos malmequeres que desfolhei e lancei no ar
Procurei-te em angústias e desespero
E nos cinzentos com que o céu se cobre,
Nos peitos de poeta, que exagero,
Porque de ti, tanto poeta é tão pobre
E nos cinzentos com que o céu se cobre,
Nos peitos de poeta, que exagero,
Porque de ti, tanto poeta é tão pobre
Em tudo e em vão te procurei
E foi quando distraído, que coisas, a vida faz...
Quando enfim a procura abandonei
Foi que tão perto dentro de mim te encontrei,
E foi quando distraído, que coisas, a vida faz...
Quando enfim a procura abandonei
Foi que tão perto dentro de mim te encontrei,
Paz
(Antônio Henrique)
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