Não te peço a ventura desejada,
nem os sonhos que outrora tu me deste,
nem a santa alegria que puseste
nessa doce esperança já passada.
O futuro de amor que prometeste,
não te peço! Minha alma angustiada
já te não pede, do impossível, nada,
já te não lembra aquilo que esqueceste!
Nesta mágoa sofrida ocultamente,
nesta saudade atroz que me deixaste,
neste pranto que choro ainda por ti,
nada te peço! Nada! Tão-somente
peço-te, agora, a paz que me roubaste,
peço-te, agora, a vida que perdi!