quarta-feira, 23 de março de 2011

 O Outono e nós, seres outonais



Foi-se embora o espalhafatoso verão!

De dentro do eterno ciclo da natureza retornou o outono, sereno e calmo!

“La belle season” é como batizaram os franceses esta estação que nos
descortina as renovadas-vestes-da-divindade presentes na natureza.

Outono é uma parábola de nós mesmos, seres outonais!
 Suas manhãs são mais poéticas e os seus crepúsculos são mais filosóficos.
Aquelas são belas em sua melancolia. Estes são melancólicos em sua beleza.
 Assim, somos todos nós.

Creio que é no outono que entendemos melhor o ensinamento de Oscar Wilde:
“ser como crianças, para não esquecermos o valor do vento no rosto e ser como
velhos para que nunca tenhamos pressa".

Isso é sabedoria. E se nos tornarmos mais sábios, já não
precisaremos mais ter medo de envelhecer.
Afinal, a vida também é um eterno renascer.

Coisa que só o outono ensina.
O resto são folhas mortas.

( Carlos alberto Rodrigues Alves
)
Vem aqui…

Deita no meu colo e deixa eu te fazer carinho.
Deixa eu te fazer esquecer do mundo lá fora.
Eu começo mexendo no teu cabelo e depois vou
alisando seu rosto.
Pode dormir se quiser, eu vou ficar aqui te olhando.
Vou te proteger de tudo.
Encosta a pontinha do seu nariz no meu.
Fecha os olhos.
Eu posso sentir seu coração.
Seu sorriso é diferente.
Ei, fica.
Eu não tenho pressa; não tenho nada.
Só uma vontade de você, daquelas que não passa.

(Isabela Faé)